AO MESTRE GOFFREDO ’90’ 

Bismael B. Moraes

(Ao Professor Goffredo da Silva Telles Junior, nos seus anos dedicados ao Direito e à Justiça)

A quem não entenda que se faz mister

Falar dessa lenda (que sabe o que quer)

Eu pergunto, agora, existe jurista,

Aqui ou lá fora, mais idealista ?

Mil perdões eu peço, pela ousadia,

De falar do Mestre e da Filosofia,

Mas o jovem infante, que já faz noventa,

É forja constante que nos alimenta.

Mais fogo hormonal do que ser pensante,

Eu, um bestial aluno hesitante …

Aí, vem o Mestre, com sorriso ameno :

“Amigos, Senhores” – diz com um aceno.

E começa a aula. Trabalha a razão.

Vai de Deus ao Homem e do cosmo ao chão.

Povos e Governos, Justiça e Direito,

Só com base ética. Não ao preconceito.

Abaixo os carrascos, insanos morais,

E vis egoístas, que só querem mais …

Acordem os dispersos e anestesiados,

E, unidos, despertos, serão resgatados !

Gritos oportunos de quem quer o bem

Do seu semelhante, em qualquer nação.

É a voz do Mestre, que à frente vem,

Tomando a palavra e exigindo ação !

A mão sobre a fronte, sabendo ao que visa,

Ele vai à fonte, ao sol da pesquisa.

Busca na ciência, proba e multifária,

Da vida a essência, a causa primária.

Sócrates, Platão, Tales, Kant, Aquino,

Kepler, Galileu, Newton e Bergson;

Descartes, Espinosa, Hegel e Plotino;

Einstein, Van Acker, Voltaire e Bacon …

Marx, Engels, Mill, Lutero e Monod,

Bertham, Beccaria, Nietzche e Pascal;

Schopenhauer, Sicks, Durant e Rousseau;

Comte, Pestalozzi … (Grupo magistral !)

Dentre tantos nomes que mencionei,

Para os quais o mundo já não tem segredo –

Sábios, cientistas … (que eu misturei) -,

Não sei d’outro Mestre maior que Goffredo !