Salvador, 15 de Maio de 2.005. Caríssimo Professor Goffredo, Todas as homenagens que lhe foram e que são prestadas são merecidas! Aos dezessete anos, sem saber que carreira seguir, fui levada por meu Tio à Faculdade e assisti a sua aula. Naquele dia, naquele momento decidi minha vida profissional: queria estar ao lado de um líder como o senhor, comungar das mesmas idéias, lutar pelos mesmos ideais. As aulas de Introdução à Ciência do Direito sempre foram especiais: nós, estudantes, éramos tomados pelo encantamento de sua presença amiga, acolhedora. Quando o senhor entrava no salão a passos lentos, ligeiro sorriso, parecia antever seus alunos seduzidos por seu conhecimento, encantados pelo seu saber. Nós éramos privilegiados e tínhamos consciência disso. Nos anos seguintes, sempre que tínhamos aulas vagas, muitos de nós voltávamos à sua sala para aprender com um verdadeiro mestre, um mago da palavra, o que nos daria a base para as conquistas profissionais no futuro. Pensar na São Francisco é pensar em sua pessoa, em sua postura sempre ética, sempre cordial, no amor que nos devotava. Os livros com que nos presenteou, e agora se prepara para nos privilegiar com uma nova obra, nos trazem sua figura fidalga, sua voz clara e pausada, seu estilo simples e profundo. Quando disse em “A Folha Dobrada” : “Mas o que eu mais almejava, naquela aula final, não era apenas agradecer”. O que eu mais queria era ser útil, era dizer palavras que pudessem servir, exprimir idéias que pudessem ser utilizadas pelos moços na procura da felicidade, no decorrer da vida. Então, deixando falar minha alma, terminei com as seguintes palavras: Se um filho meu me perguntar, um dia, quais as normas de convivência humana, responderei que as leis estão cheias delas, mas que a vida me ensina a resumi-las em sete regras essenciais”, o senhor se definiu: o verdadeiro mestre, aquele que sabe e sente prazer em passar seu conhecimento, deixando falar sua alma. Suas regras de vida deveriam ser levadas a todos os jovens: representam valores permanentes, éticos, os que são vivenciados pelas pessoas de real valor: Ser simples de coração e de atitude, ser verdadeiro, saber ouvir são qualidades que percebi em todas as pessoas incomuns, de real valor, que tive o privilégio de encontrar pela vida. Quem teve a felicidade de ser seu aluno foi alertado para esses valores: mesmo que não os tivesse enunciado: vinham do exemplo de sua pessoa. Seu livro “Direito Quântico” é um marco de genialidade: deveria ser lido por todos os juristas, todos os advogados, os que lidam com o Direito e por todos aqueles que buscam o saber. Obrigada pela fidalguia com que sempre distingue aqueles que o procuram. O refinamento no preparo de sua biblioteca, na escolha de suas assessoras, reflete o respeito e o carinho que o senhor tem pelas pessoas. Parabéns, Professor Goffredo, pelo seu aniversário!!! Que tenha muita saúde para que possa usufruir as alegrias de sua família! Que possamos continuar contando com seu brilho, com sua generosidade em nos conduzir pelos caminhos do conhecimento! Obrigada pela sua amizade! Parabéns, querido Professor Goffredo! Pena não poder estar em S. Paulo no dia 16 para assistir a essa merecida homenagem. Breve espero poder abraçá-lo. Sua sempre aluna e admiradora,